Hj a noite parece gélida sob um crepúsculo melancólico, que
transparece totalmente o meu estado de espírito atual .....
Sozinha em uma noite sombria, sinto que as lagrimas não se conterão por muito tempo, até que
rolem desesperadamente ao encontro de meus lábios enquanto tento desfazer o nó
que prende minha garganta.
As “ripas” de madeira em tons escuros e com nuances mais
claras que se entrelaçam a cima de minha cabeça, formam o teto do meu quarto, construído
sob uma natureza morta, os estalos da
madeira é o único ruído que ouço além dos gritos abafados que minha alma tenta
profanar.
É angustiante, o aguarde, a espera de algo que não se sabe
exatamente o que é?
A falta de algo que não lhe pertence de algo que talvez
nunca tenha existido, Devaneios? Talvez!
A brisa fria agora dos ventos que sopram as plantas do meu
quintal ecoam e invadem pelas frestas da janela o meu recanto, minha toca, e ao meu lado, meu
único amigo, meu único ouvinte, meu único “Absorvente de lagrimas”, meu Ted,
com sua pelúcia fofa, sempre disposta a me aquecer e me acalentar, a única testemunha,
a única Cia.
Anseio por um amanhecer, para que se ponha um fim a essa lua
negra, que teima em não ceder seu lugar.
“E o pulso ainda pulsa”, mesmo sem forças, mesmo sem sangue,
apenas com o liquido plasmático que restou depois da massacre sangrento a minha
alma, duelo mortal entre a razão e a emoção, a minha confiança, a minha tola, ignorância, ingênua
e complacente, mas displicente comigo mesmo .....
Aurora aguardo por
uma nova brisa, um novo amanhecer, um novo sonhar, e um novo viver.... assim
como o Brilho eterno de uma mente sem lembranças e um alerta sempre “incaos”.